segunda-feira, 23 de abril de 2007

Moashiro


"Moashiro". Com um pincel feito do rabo de um búfalo que matei, fiz meu pincel. Com a água do mar azul numa tijela de barro. Comecei a pintar meu nome. Primeiro ouvi as palavras sábias de um monge. Fiz das areias da praia, um papel de arroz. Como um esgrimista manuseava o pincel. Acaso estivesse na era da pedra ou na era do gelo. Um tigre diria: "A neve recobre mil montanhas, mas não esta garatuja em anil". Sim, o tempo se move, como as ondas do mar. Então, ouvi as gaivotas: "Moashiro, moashiro".

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