segunda-feira, 23 de abril de 2007

moa

A Flor de Hiroshi

A Rosa de Hiroshi... O jardineiro regou a flor. O apaixonado deu-a de presente para sua amada. A amada tem o nome de uma flor. O alquimista dela fez um perfume. O soldado faminto e cansado da guerra comeu a flor e sonhou um mundo melhor. Nas pétalas, o escriba transcreveu a dor da Rosa de Hiroshima. A abelha colheu o néctar das flores e transformou em mel. Um sábio chinês disse: "Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje". Em todos estes momentos, a simplicidade fez a diferença. "Que a simplicidade faça dos homens um ser digno do mundo em que vivemos".

Moashiro


"Moashiro". Com um pincel feito do rabo de um búfalo que matei, fiz meu pincel. Com a água do mar azul numa tijela de barro. Comecei a pintar meu nome. Primeiro ouvi as palavras sábias de um monge. Fiz das areias da praia, um papel de arroz. Como um esgrimista manuseava o pincel. Acaso estivesse na era da pedra ou na era do gelo. Um tigre diria: "A neve recobre mil montanhas, mas não esta garatuja em anil". Sim, o tempo se move, como as ondas do mar. Então, ouvi as gaivotas: "Moashiro, moashiro".